sábado, 21 de novembro de 2009

Que Pena!




Era de se esperar que algo assim não fosse durar muito tempo.

 Quanto é “muito tempo”? Quanto custa “muito tempo”?

Não sabemos o que queremos. Queremos alguém que pareça com a gente, mas se torna entediante quando é assim.  Queremos alguém que seja diferente da gente, mas depois, essa mesma diferença, se torna o problema.

Não dá pra enganar. Somos opostos. Opostos se atraem, mas não se combinam – já dizem por aí. Tantas faces pra eu me preocupar e vou me perder justamente na sua? Estupidez. Na verdade, qualquer pessoa, na face dessa terra, vai ser diferente de mim. Sou um “exigente” com causa. Sou chato pela exigência. Sou legal por ter feito aulas.

Você não conhecerá minhas manias. Não trará um refrigerante de laranja para minha vista. Não saberá as minhas histórias. Não conversará com a mãe sobre a minha infância. Não descobrirá minhas cicatrizes. Não receberá minhas ligações no meio da noite.

O descaso anda no bolso. Fácil, fácil desistir de alguém. É como sair da fila da pipoca: a consciência continuará tranquila. Trocamos os nossos melhores beijos e ficamos somente nisso. Nossos beijos contarão o restinho da missa. O dia seguinte já é agendado para outro alguém. “A fila anda”, não é assim?! E a de algumas pessoas corre feito maratona de São Silvestre...

O telefone não vai tocar. Nenhuma mensagem será feita para agradar. Um convite para o final de semana
 nunca chegará. Conheceremos milhões de máscaras, mas não saberemos da pele. O que tem por debaixo da pele. Do que realmente vale. Não existe mais encanto. Mas acredito que dias melhores virão. Perdemos o significado, a identidade, o riso carimbado, o cheiro marcante. As pessoas estão erradas, não o mundo.

Somos mercadorias. Seremos trocados por outro produto assim que já não funcionarmos mais. Podemos escolher qual levaremos pra casa. As coisas estão longe de exclusividades. A facilidade prevalece pra bagunçar a nossa fé. Não perca a fé.
Difícil encontrar alguém que te satisfaça, que se importe, que se deporte pra sua vida sem viagem de volta. Difícil encontrar alguém que te faça perder a fala, alguém que te desmonte e te remonte com uma facilidade inigualável. Alguém que te deixe boquiaberto por certas atitudes. Muito difícil.
Triste, mas verdade. Uma pena!
Leandro Lima

domingo, 15 de novembro de 2009

O Que Você Acha!?




Não vou dizer que não achava que você seria capaz de dizer tais palavras, mas aconteceu. Você quebrou o vidro. Estou com o vidro na boca. Os estilhaços se confundem com os dentes que gritam por socorro. Sou um “cético adiantado”, como o meu relógio. O meu “acreditar” vem antes, bem antes dos cinco minutos pra começar a acreditar, e morro não hora do convencimento.
Não acredito em palavras, mas em atitudes impensadas. Atitudes pensadas mostra falta de espontaneidade, mesmo que dê errado, mas vale. Palavras; o vento as leva sabe-lá-pra-onde. Atitudes são como um dia de sol: permanecem para alegrar.
Mas o que você achou? Diz, vai!
Achou que eu trocaria as cadeiras de lugar só pra alcançar o céu? Achou que passaria um dia inteiro pintando o sol? Achou que passaria o dia lembrando os nossos beijos? Achou mesmo que eu ligaria e diria que queria te ver?
Sou orgulhoso. Minha armadura é firme para me arrepender de não prosseguir. Todo mundo acha que sou apenas o que aparento. Bando de burros. Há muito mais por trás do que eles veem. Quase todo mundo é assim: imprimem o que veem primeiro, o resto não importa.
Sou o que você nunca achou que eu seria. Sua falta de interesse só apimenta a minha vontade da conquista. Quero o que é mais difícil, o que não posso ter mesmo. Só dou valor assim. O que me atrai é o que desconheço. O que me mete medo bato à porta pra tentar um almoço.
Chorar é uma das atitudes mais bem ensaiadas desse mundo. “Dar as costas” é “cansei da conversa, tente mais tarde!”, pode reparar! Achou que eu mudaria? Achou mesmo?
Espero que, um dia, você perceba que está no caminho menos indicado. Eu não vou te avisar. Você não merece meus conselhos. Sua idiotice constante os tornam inúteis.
É fácil desistir das coisas, o difícil é permanecer na escolha.

Leandro Lima